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Para o presidente do Banco Central, ano de 2023 foi ‘melhor que o esperado’. Mais cedo, nesta terça, ministro Fernando Haddad cobrou empenho do Banco Central para redução dos juros. Presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, no plenário do Senado
Pedro França/Agência Senado
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira (5) que “ninguém espera” que o governo atinja a meta de déficit fiscal zero no ano que vem. Mesmo assim, Campos Neto defendeu que a equipe econômica demonstre equilíbrio com as contas públicas.
A meta de déficit zero — ou seja, receitas iguais a despesas — consta no Orçamento enviado pelo Palácio do Planalto ao Congresso. Mas o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva já disse que dificilmente o governo atingirá o alvo.
A declaração de Campos Neto foi dada em evento organizado pela Frente Parlamentar do Empreendedorismo, no mesmo dia em que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad pediu que o Banco Central que siga “fazendo seu trabalho”, em uma alusão ao processo de corte da taxa básica de juros da economia.
Essa tônica se repetiu ao longo de todo o ano: o governo cobra que o BC baixe os juros, e o BC pede que o governo tenha responsabilidade fiscal.
“O fiscal está desancorado, e a expectativa de inflação um pouco acima da meta [para os próximos anos]. A gente precisa trabalhar em conjunto para que melhore as expectativas para frente. É importante fazer o dever de casa, passar uma mensagem de consolidação fiscal, que estamos trabalhando juntos o fiscal e monetário. Foi um ano melhor que o esperado. É preciso um recado que o fiscal [contas públicas] está em equilíbrio”, declarou Campos Neto.
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Contas públicas
O controle das contas públicas, citado por Campos Neto, é uma atribuição da área econômica do governo federal, que é liderado pelos Ministérios da Fazenda, sob o comando de Haddad, e do Planejamento, chefiado pela ministra Simone Tebet.
No mês passado, o governo elevou sua projeção para o déficit das suas contas para R$ 177,4 bilhões neste ano. No começo do ano, a área econômica buscava um rombo próximo de R$ 100 bilhões em 2023.
Para 2024, o governo propôs, na nova regra para as contas públicas e no orçamento federal, zerar o déficit das contas públicas. Para isso, tem proposto medidas de aumento de arrecadação.
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Em pesquisa realizada na semana passada pelo Ministério da Fazenda com o mercado financeiro, a projeção é de que as contas do governo registrem um rombo de R$ 90,2 bilhões no próximo ano.
Inflação e juros
O Banco Central começou a reduzir a taxa básica da economia em agosto deste ano. Desde então, forem três cortes consecutivos, para 12,25% ao ano – o menor patamar desde maio de 2022.
A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), colegiado do BC que define a taxa de juros, acontece na próxima semana. A expectativa do mercado financeiro é de que a taxa caia novamente, para 11,75% ao ano.
Nesta terça-feira, Campos Neto reafirmou a indicação do BC de que o juro básico deve ter mesmo nova queda na semana que vem. Ele avaliou que a dinâmica da inflação no Brasil, em desaceleração, abre espaço para a continuidade da queda dos juros.
Segundo ele, perseverar nas metas, na disciplina fiscal e monetária, é o que garante crescimento sustentado no longo prazo.
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