Em busca do Sucesso

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Foi o quinto corte seguido no juro médio dos bancos. Movimento ocorre em meio à redução da taxa Selic pelo Banco Central. Juros rotativos do cartão de crédito também diminuíram. A taxa média de juros cobrada pelos bancos em operações com pessoas físicas e empresas recuou de 43,3% para 42,2% ao ano de setembro para outubro, informou o Banco Central nesta terça-feira (5).
Essa foi a quinta queda seguida do juro médio dos bancos, que levou a taxa ao menor patamar desde dezembro de 2022 (41,8% ao ano).
O juro foi calculado com base em recursos livres – ou seja, não inclui os setores habitacional, rural e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O recuo da taxa bancária acontece após o Banco Central ter começado a reduzir o juro básico da economia, a Selic, em agosto deste ano. Atualmente, a taxa Selic está em 12,25% ao ano após três cortes seguidos.
A taxa média de juros cobrada nas operações com empresas ficou estável em 22,8% ao ano em outubro. Este é o maior nível desde julho deste ano (23% ao ano).
Já nas operações com pessoas físicas, os juros caíram de 57,3% ao ano em agosto para 55,4% ao ano em setembro. É o menor patamar desde setembro de 2022 (53,8% ao ano).
No cheque especial das pessoas físicas, a taxa ficou recuou de 133,9% ao ano no mês de setembro para 126,6% ao ano em outubro – menor nível desde janeiro de 2022 (125,7% ao ano).
Limite dos juros para empréstimo consignado cai para 1,8%
Cartão de crédito rotativo
Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo recuaram de 441,1% ao ano, em setembro, para 431,6% ao ano em outubro.
É o menor nível desde fevereiro deste ano (420,4% ao ano).
O crédito rotativo do cartão de crédito é acionado por quem não pode pagar o valor total da fatura na data do vencimento.
Mesmo com a queda em outubro, o patamar da taxa rotativa de juros segue proibitivo, segundo analistas. Essa é a linha de crédito mais cara do mercado e deve ser evitada.
A recomendação é que os clientes bancários paguem todo o valor da fatura mensalmente.
Em abril, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que iria negociar com as instituições financeiras uma redução da taxa de juros cobrada nas operações com o cartão de crédito rotativo.
Em agosto, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que uma alternativa para reduzir a alta inadimplência do cartão de crédito seria extinguir a modalidade conhecida como rotativo.
Informou ainda que, em substituição ao rotativo, o BC avalia enviar o devedor diretamente para um parcelamento desse saldo – com juros de cerca de 9% ao mês, pouco acima da metade dos 15% atuais.
O Senado aprovou, no começo de outubro, um projeto sobre os juros do cartão de crédito rotativo. O texto já foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O projeto sancionado não impõe o valor de um teto para juros no cartão de crédito rotativo, mas concede um prazo de 90 dias para que as emissoras de cartões apresentem uma proposta de teto, a ser aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Se uma solução não for encontrada dentro de 90 dias, o total cobrado pelos bancos não poderá exceder o valor original da dívida.
No mês retrasado, o O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que o crédito parcelado sem juros, por meio dos cartões de crédito, “veio para ficar”, mas que mas não deve ser ‘intocável’.
Juros do crédito rotativo têm queda em setembro
Crédito bancário
O volume total do crédito bancário no mercado, segundo o Banco Central, teve alta marginal de 0,1% em outubro, para R$ 5,59 trilhões.
No mês passado, houve queda de 0,8% nos empréstimos para as empresas, para R$ 2,18 trilhões, e aumento de 0,8% nas operações de crédito para as pessoas físicas – para R$ 3,41 trilhões, acrescentou a instituição.
Para as pessoas físicas, o BC informou que o aumento em outubro decorreu, principalmente, da expansão das carteiras de cartão de crédito à vista (+1,6%), financiamento para aquisição de veículos (+1,3%), crédito pessoal não consignado (+1,1%) e crédito pessoal consignado para aposentados e pensionistas do INSS (+1,2%).
Endividamento das famílias e inadimplência
Segundo o BC, o endividamento das famílias somou de 47,7% da renda acumulada nos 12 meses até setembro desse ano, contra 48% que haviam sido registrados em agosto.
Esse é o menor patamar desde setembro de 2021 (47,5%).
A série histórica do BC para este indicador teve início em janeiro de 2005. Em fevereiro de 2020, antes da pandemia da Covid-19, o endividamento das famílias somava 41,8%.
O governo federal lançou em julho o programa “Desenrola”, para renegociar dívidas da população.
Em dez semanas, os bancos renegociaram R$ 14,3 bilhões em 2 milhões contratos de dívida.
Ao mesmo tempo, a taxa de inadimplência média registrada pelos bancos nas operações de crédito recuou de 3,5% em setembro para 3,4% em outubro deste ano. Este é o menor patamar desde março deste ano, quando somou 3,3%. A série do BC para este indicador começa em março de 2011.
Nas operações com pessoas físicas, a inadimplência caiu de 4% em setembro para 3,9% em outubro. É o menor nível desde outubro do ano passado (3,8%).
Já a inadimplência das empresas recuou de 2,7% em setembro para 2,6% em outubro. Trata-se do maior patamar desde junho desse ano, quando estava em 2,5%.
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