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Ministro da Fazenda comentou os últimos dados do IPCA, com queda de 0,02% na média dos preços no país em agosto – a primeira deflação do ano—; e, também, a previsão do mercado de elevação da Selic. Fernando Haddad projeta PIB acima de 3%
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (11) que os efeitos climáticos na inflação de alimentos não se resolvem com alta de juros — o Brasil enfrenta a pior seca da história recente.
Haddad reforçou ainda a projeção de que o Produto Interno Bruto (PIB), que mede a atividade econômica do país, alcance índice acima de 3% (leia mais abaixo).
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“A inflação preocupa um pouquinho, sobretudo em virtude do clima. Estamos acompanhando a evolução dessa questão climática, efeito do clima sobre preço de alimentos e, eventualmente, preço da energia, faz a gente se preocupar com isso”, pontuou Haddad.
“Mas essa inflação advinda desse fenômeno não se resolve com juro. Juro é outra coisa. Mas o Banco Central está com um quadro técnico bastante consistente para tomar a melhor decisão, e vamos aguardar o Copom [reunião do Comitê de Política Monetária] da semana que vem”, prosseguiu o ministro.
➡️Mesmo diante de uma deflação na média dos preços no país em agosto (veja mais detalhes a seguir), o mercado financeiro segue prevendo que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve elevar os juros básicos da economia daqui até o fim do ano.
A alta dos juros é o principal instrumento do país para conter a inflação, já que “esfria” a economia e desincentiva o consumo.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no entanto, avalia que a inflação está sob controle e prefere juros mais baixos para impulsionar o crescimento.
A próxima reunião do Copom está marcada para a semana que vem, nos dias 17 e 18 de setembro.
Alta do PIB
Ainda segundo Fernando Haddad, a equipe econômica deve divulgar ainda nesta semana a nova projeção do PIB e as consequências sobre a arrecadação.
“Devemos divulgar nesta semana a reprojeção do PIB e as consequências sobre a arrecadação, possivelmente com um aumento da projeção para além do que estávamos esperando. Deve vir mais forte, possivelmente 3% para cima, 3% de crescimento, talvez até um pouco mais, crescimento do PIB deste ano”, sinalizou o ministro.
A estimativa oficial do governo, até julho, era de um crescimento de 2,5% no acumulado do ano. Essa previsão é revista periodicamente pela área econômica.
O Boletim Focus, publicado pelo Banco Central com base nas projeções de 100 instituições financeiras, indica que o mercado espera um crescimento de 2,68% da economia brasileira neste ano. Os dados são atualizados a cada semana.
Taxação das ‘big techs’
Haddad falou também sobre a proposta de taxação das “big techs” — grande empresas de tecnologia como Apple, Google e Microsoft — para fechar as contas do governo.
No início do mês, após o envio do projeto de Orçamento 2025 ao Legislativo, o Ministério da Fazenda informou que o projeto seria levado adiante somente no caso de ocorrerem “frustrações de receitas”.
Questionado por jornalistas se o projeto seria enviado ao Congresso ainda neste semestre, Haddad argumentou que não se trata de uma taxação, mas “algo que precisa ser regulamentado”.
“Tem uma coisa chamada pilar 1 e 2 da OCDE. Brasil estava aguardando a adesão de todos os países ao pilar 1 e 2 para destravar esse processo, que é internacional. Todos os países estão aderindo à maneira correta. Então, não é uma taxação propriamente dita, é uma regulamentação internacional que está sendo feita para saber o que é tributado no país onde o serviço é prestado, e o que é tributado no país sede”, justificou o ministro.
“Tem um acordo internacional em torno dessas questões, e por falta de adesão de alguns poucos países aos pilares, os países que estão de acordo com a OCDE, estão antecipando as medidas regulatórias até para forçar os países que não aderiram a tomarem providencia”, completou Haddad.
As declarações do ministro desta quarta foram dadas na portaria do Ministério da Fazenda.
Nova estimativa
Na semana passada, Haddad já tinha dito que a equipe econômica iria reestimar o PIB de 2024, depois do resultado de 1,4% do segundo trimestre.
“Vamos provavelmente reestimar o PIB para o ano – que deve, pela força com que ele vem se desenvolvendo, superar 2,7% ou 2,8%. Há instituições que já estão projetando um PIB superior a 3%”, disse na ocasião.
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Deflação
Nesta terça (10), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, revelou uma queda de 0,02% na média dos preços no país em agosto – a primeira deflação do ano.
Dois grupos de produtos puxaram a queda: alimentação e bebidas recuaram 0,44%, e gastos com habitação, 0,51%. Esses setores representam mais de um terço da cesta de produtos do IPCA.
Com o resultado de agosto, o país chegou a uma inflação acumulada de 4,24% em 12 meses – dentro da meta de inflação, mas ainda próximo ao teto dessa meta, que é de 4,5% ao ano.
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