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Declaração do ministro confirma projeção da Secretaria de Política Econômica (SPE) incluída na proposta do governo para o Orçamento de 2025. Haddad diz que governo estima alta de 2,6% no PIB para 2025
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (4) que o governo estima que o Produto Interno Bruto (PIB) para 2025 alcance 2,6%.
O dado apresentado por Haddad confirma a projeção da Secretaria de Política Econômica (SPE) incluída na proposta o Orçamento de 2025, de 2,64%,— encaminhada ao Congresso na última sexta-feira (30).
“Eu confio muito no que está acontecendo na economia, sobretudo nas projeções da SPE, que é quem mais tem acertado previsões de PIB no Brasil (…). No ano passado, a previsão era de 0,8%, deu 2,9% (…). Esse ano, o mercado estava dizendo que íamos crescer 1,5%, nós crescemos 1,5% no segundo trimestre. Em três meses, nós crescemos o que o mercado projetava para o ano”, pontuou Haddad.
O que é e como é calculado o PIB?
A fala do ministro surge num contexto de alta do PIB, que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) cresceu 1,4% no 2° trimestre de 2024, superando as expectativas do mercado (entenda mais abaixo).
“Assim como tem bons técnicos no Banco Central, tem bons técnicos no Ministério da Fazenda que tem modelos adequados. Não é que eu confie 100% em modelos. A economia tem uma questão de sensibilidade (…). E, de fato eu penso que nós de novo vamos crescer mais do que as projeções que estão sendo feitas pelo mercado. Nós estamos prevendo nesse momento 2,6% para o ano que vem “, completou o ministro.
Haddad afirmou também que as menores projeções do mercado, agora, estão em 2,5% e que há bancos falando até em 3,1%.
O comentário do ministro foi feito em entrevista o programa “Em Ponto” da GloboNews.
PIB brasileiro em segundos trimestres até 2024
g1
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Surpresa no PIB
Nesta terça-feira (3), o IBGE informou que o PIB do Brasil cresceu 1,4% entre abril e junho de 2024, bem acima das expectativas de especialistas, que previam uma alta de 0,9% em média.
Depois da surpresa com os resultados do PIB no 2° trimestre, o mercado financeiro começou a revisar para cima as projeções de crescimento da economia brasileira neste ano.
Se por um lado o crescimento mostra, principalmente, uma demanda interna forte, por outro permanece a preocupação com as pressões inflacionárias.
Atualmente, a taxa Selic está em 10,50% ao ano e agentes do mercado financeiro enxergam uma possibilidade de que o Banco Central (BC) suba os juros para controlar a aceleração da inflação vista nos últimos meses.
Em julho, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou uma alta de 4,50% em 12 meses. Esse é o teto da meta estabelecido pelo BC, de 3,0% para 2024, que será considerada cumprida se estiver dentro do intervalo de 1,50% e 4,50%.
Juros elevados costumam reduzir a atividade econômica porque encarecem a tomada de crédito, como financiamentos e empréstimos, tornando o consumo das famílias e os investimentos das empresas mais custoso.
Ministro não vê risco na inflação
Questionado pela GloboNews, Haddad disse não ver grande risco de que um crescimento maior da economia – que leva a um mercado mais “aquecido” – acabe gerando um descontrole de preços.
“Se você for tomando os cuidados devidos, e fazendo as reformas. Se controlarmos a oferta, não vamos ter pressão inflacionaria em um futuro próximo. Brasil não tem razões para crescer menos do que a média mundial. Media mundial tem sido em torno de 3%”, disse Haddad.
Haddad se esquivou, no entanto, de responder sobre o patamar dos juros básicos da economia – principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação.
O comitê que define esses juros se reúne na próxima semana, e pode elevar a taxa Selic para “esfriar” a economia e conter a inflação.
“Confiamos na capacidade técnica, não acho elegante da minha parte dizer o que o BC tem de fazer. Assim como eles também respeitam a autoridade fiscal da Fazenda”, resumiu.
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