Governo deve receber R$ 3,9 bilhões com nova distribuição de dividendos da Petrobras
Estatal informou que vai pagar R$ 13,57 bilhões aos acionistas em duas parcelas, em novembro e dezembro deste ano. Governo tem 28,67% das ações da Petrobras. Petrobras perde R$ 34 bilhões em valor de mercado após demissão de Jean Paul Prates
Jornal Nacional/ Reprodução
O governo federal deve receber R$ 3,9 bilhões com a nova distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio anunciada pela Petrobras na quinta-feira (8).
A estatal informou que vai pagar R$ 13,57 bilhões aos acionistas em duas parcelas, em novembro e dezembro deste ano.
A remuneração por ação será de aproximadamente R$ 1,053 por papel ordinário e preferencial em circulação. Como o governo tem 28,67% das ações da Petrobras, deve receber R$ 3,9 bilhões do total.
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Também acionistas da petroleira, as estatais BNDES e BNDESPar podem receber: R$ 142,4 milhões e R$ 948,1 milhões, nessa ordem.
Segundo a Petrobras, a distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio está de acordo com a política de remuneração aos acionistas da companhia.
A política prevê distribuição dos lucros quando o endividamento estiver em patamar inferior a US$ 65 bilhões e o resultado acumulado da petroleira for positivo.
Por causa do resultado do trimestre, em que a estatal registrou seu primeiro prejuízo desde 2020, a Petrobras retirou R$ 6,4 bilhões de sua reserva de capital — usada para pagar dividendos (veja vídeo acima).
Em março, a estatal havia retido dividendos extraordinários — pagos além do mínimo — em sua conta de reserva de capital, no valor de R$ 43,5 bilhões.
Depois, em abril, metade desse valor foi distribuído, restando cerca de R$ 21 bilhões na conta da estatal.
Agora, parte desse montante, no valor de R$ 6,4 bilhões, será usado para pagar os dividendos anunciados na quinta-feira (8).
Em maio, após a polêmica dos dividendos — que levou à demissão do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates — o Ministério da Fazenda informou que conta com a distribuição de 100% dos lucros extraordinários da Petrobras ao longo de 2024, em torno de R$ 14 bilhões.
“Nós consideramos como cenário provável a distribuição dos 100% dos dividendos extraordinários da Petrobras”, declarou a estatal na ocasião.
O governo conta com as fontes de receita para alcançar o equilíbrio entre arrecadação e despesas em 2024 — ou seja, a meta de déficit zero das contas públicas.
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