Dólar engata 7ª queda seguida e fecha a R$ 5,42, após decisões de juros dos EUA e Brasil; Ibovespa cai
A moeda norte-americana recuou 0,70%, cotada a R$ 5,4241. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa, caiu 0,47%, aos 133.123 pontos. Cédulas de dólar
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O dólar fechou em queda nesta quinta-feira (19), pelo 7º pregão seguido, com investidores repercutindo as decisões da principal Superquarta do ano — nome dado à data em que coincidem as reuniões que definem as taxas de juros do Brasil e dos Estados Unidos.
Enquanto nos EUA o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) deu início ao ciclo de cortes de juros no país com uma redução de 0,50 ponto percentual (p.p.), levando o intervalo para 4,75% a 5% ao ano, por aqui as atenções ficaram voltadas para a decisão e o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom).
O Banco Central do Brasil (BC) decidiu aumentar a taxa básica em 0,25 p.p., para 10,75% ao ano, na primeira alta da Selic do atual mandato de Lula. A decisão veio em meio à piora das projeções sobre a inflação brasileira e diante das preocupações com o quadro fiscal.
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Na agenda, o mercado ainda ficou de olho nas decisões do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), do Banco do Japão (BoJ) e do banco central da China. Dados de atividade econômica nacionais e internacionais também ficam no radar.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, fechou em queda.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
O dólar caiu 0,70%, cotado em R$ 5,4241. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,3958. Veja mais cotações.
Com o resultado, acumulou:
queda de 2,57% na semana;
perda de 3,70% no mês;
avanço de 11,78% no ano.
Na véspera, a moeda fechou em queda de 0,47%, cotada em R$ 5,4626.
Ibovespa
O Ibovespa caiu 0,47%, aos 133.123 pontos.
Com o resultado, acumulou:
queda de 1,30% na semana;
recuo de 2,12% no mês; e
queda de 0,79% no ano.
Na véspera, o índice encerrou em queda de 0,90%, aos 133.748 pontos.
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O que está mexendo com os mercados?
As últimas decisões de juros da Superquarta continuaram a movimentar os mercados nesta quinta-feira (19), à medida que investidores seguiram repercutindo os comunicados dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos.
Lá fora, o Fed anunciou sua decisão de cortar os juros do país em 0,50 ponto percentual (p.p.), para a faixa de 4,75% a 5% ao ano, na primeira redução da taxa desde março de 2020.
Apesar de a medida já ser esperada pelo mercado, a novidade ficou com o tamanho do corte, que ainda não tinha consenso entre especialistas. Inclusive, a própria decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) não foi unânime.
Dos 12 integrantes, 11 votaram a favor do corte de 0,50 p.p., incluindo Powell. O único voto divergente foi pela redução de 0,25 ponto.
Em comunicado, o Fomc afirmou que a medida veio à luz do progresso na inflação e do equilíbrio de riscos. Disse também que continuará monitorando as implicações das informações recebidas para a perspectiva econômica, sem dar sinais claros sobre os próximos passos. Saiba mais aqui.
A decisão de um corte mais agressivo pelo Fed parece derivar das projeções de taxa de desemprego, que foram elevadas, apesar da manutenção na projeção do crescimento do PIB. (…) O Fed não mudou sua visão de taxa terminal, mas pretende adotar um ritmo de corte de juros mais rápido, diz Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.
Já no cenário doméstico, o foco ficou com a decisão do Copom, anunciada ontem, após o fechamento do mercado. Como esperado, o comitê decidiu aumentar a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 p.p., dando destaque para o afastamento das projeções de inflação da meta do Banco Central — resultado da atividade ainda resiliente e das dúvidas acerca do quadro fiscal.
Com o aumento, a Selic ficou em 10,75% ao ano. Juros maiores tornam os processos de tomada de crédito mais caros para a população e as empresas, o que tende a diminuir o consumo, os investimentos em expansão e desaquecer o mercado de trabalho.
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A previsão de uma nova alta da Selic já vinha aparecendo no boletim Focus, relatório do BC que reúne as projeções de economistas para os principais indicadores econômicos do Brasil.
A última edição do documento, divulgada na última segunda-feira, apontava para um aumento da taxa básica e indicava uma elevação para na estimativa de inflação para este ano e para o próximo e um crescimento de 3% do PIB em 2024.
Com as decisões de juros em foco, o mercado também segue de olho nos bancos centrais da Inglaterra, do Japão e da China. Nesta manhã, o BC britânico decidiu por manter as taxas básicas do país em 5%, ampliando o plano de redução de títulos por mais um ano.
Dados de emprego e atividade no Brasil e nos Estados Unidos também devem ficar no radar ao longo da sessão.
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