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Em seu comunicado e decisão desta quarta-feira, o Banco Central (BC) optou por não dar maior gravidade à movimentação dos últimos dias dentro do governo que enterrou o déficit zero em 2024.
A decisão reflete um movimento momentâneo de queda da inflação, mas também é um aceno do BC para uma melhor relação com o governo, que no passado recente criticou o colegiado – e em especial seu presidente, Roberto Campos Neto – por segurar a queda da taxa de juros.
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, em audiência na Câmara dos Deputados.
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
O recado sobre o perigo de mais gastos em 2024, e o não cumprimento da meta que vinha sendo prometida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, veio apenas no 6º parágrafo do comunicado.
“Tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o Comitê reafirma a importância da firme persecução dessas metas”, diz o texto.
As razões passam por uma aproximação de Campos Neto com o presidente Lula, que envolveu um encontro recente e uma troca com Haddad antes de o governo anunciar os novos nomes indicados para duas diretorias do BC.
Nas duas indicações anteriores, Campos Neto fez chegar ao governo a reclamação de ter ficado sabendo dos indicados pela imprensa.
Outro motivo é que a gangorra dentro da diretoria do BC começa a pesar para o lado do governo. Dos nove integrantes, Lula já tem dois e agora indicou mais dois.
O governo Lula começa a ter mais peso e isto deve se refletir em visões que podem estimular a queda da taxa de juros mesmo com menos perspectiva de que a política fiscal estará sob rígido equilíbrio.
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