Em busca do Sucesso

Aqui você começa o seu ciclo para um sucesso absoluto.


Produtos nacionais com técnicas diferenciadas são premiados pelo sabor e qualidade. O azeite brasileiro vem conquistando cada vez mais espaço entre os mais premiados.
TV Globo/Reprodução
O Globo Repórter desta sexta-feira (27) mostra produtos feitos no Brasil que estão surpreendendo e chegando ao topo do mundo. São brasileiros que conquistaram prêmios internacionais com seus azeites, queijos e vinhos, gerando emprego e visibilidade para os produtos nacionais.
No Rio Grande do Sul, uma nova riqueza surge nos campos, mas que tem uma história milenar: o azeite. O produto é extraído pelos humanos há cerca de 8 mil anos e o uso vai muito mais do que o alimentar, sendo usado também para fazer remédio, perfume e até combustível para lamparinas.
Os jesuítas brasileiros já plantavam oliveiras no século XVI, mas Dom João VI mandou destruir os olivais em 1821 para evitar a concorrência com Portugal. Com isso, o cultivo das oliveiras em escala comercial só foi retomado recentemente no país e o nosso produto já ganha destaque também em outros países.
O casal Rosane e Jorge foi um dos pioneiros no azeite extravirgem no Rio Grande do Sul, estado que garante 75% da produção nacional. As primeiras mudas foram plantadas em 2005 e, após anos de trabalho, conquistaram o reconhecimento mundial, ficando entre os melhores do planeta na “Internacional Olive Oil”, competição que acontece simultaneamente no Brasil e em Portugal.
Casal produz azeite nacional premiado internacionalmente
E para reconhecer um bom azeite, existe até especialistas: os azeitólogos. Ricardo Abdalla é um desses especialistas e explica como reconhecer um bom azeite.
“Ele tem que ter o frutado. A fruta, algum vegetal”, diz.
Qual gosto deve ter o azeite? Especialista explica características do produto
Queijo paulista ganha o mundo
Em Amparo, no interior de São Paulo, o passado lucrativo do ciclo do café agora dá espaço para outras economias e a pecuária leiteira é uma delas. O local onde as sacas eram armazenadas agora abrigam 36 tipos de queijos especiais, sendo muitos premiados.
Queijo produzido no interior de São Paulo é premiado internacionalmente.
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Um deles, maturado durante um ano inteiro, foi eleito o melhor no “World Cheese Awards”, o Oscar dos queijos.
Will Alves da Silva trabalha como afinador de queijo e o papel dele é fundamental para a qualidade final do produto. É preciso virar o queijo todos os dias, limpar e avaliar se está bom ou não.
“O queijo bom tem que estar com a massa bem fechada, bem certinha… É como se fosse meu filho”, explica.
Queijo paulista ganha o mundo e é premiado
A antiga fazenda de café pertenceu a imigrantes libaneses da família de Paulo Rezende. Ele morava na capital paulista e virou estudante de agronomia, mas foi depois que se apaixonou por uma mineira que vieram os queijos cada vez mais saborosos.
“Quando eu cheguei aqui a fazenda produzia 40 litros de leite e vendia esse leite pra um laticínio da cidade. O laticínio fechou, e nós não tínhamos o que fazer com esse leite, foi assim que eu comecei a fazer queijo na cozinha de casa, batendo de porta em porta oferecendo o produto”, explica Rosana, a esposa de Paulo.
Atualmente, o casal produz 400 quilos de queijo por dia. Entre os tesouros, está justamente o queijo premiado, que pode custar mais de R$ 2,5 mil a peça.
Queijo brasileiro premiado custa cerca de R$ 2,6 mil
Vinhos diferenciados
“Em 2006 eu tive um problema cardíaco, tive um infarto, eu falei pro meu médico que eu gostava muito de tomar uma cerveja Ele disse que fazia mal para o coração, mas que vinho faria bem. De lá pra cá começamos a estudar vinho”, conta o produtor rural Eduardo Junqueira Nogueira Junior.
Vinhos e espumantes nacionais ganham espaço em premiações.
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Foi dessa maneira que uma pequena área de uma fazenda de café em Minas Gerias começou a ser dedicada à plantação de uvas. Com a ajuda da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), a família resolveu podar as videiras duas vezes por ano, o que induziu a planta a frutificar também no inverno. E isso fez toda a diferença.
Com um rigoroso controle de qualidade, o vinho mineiro conquistou o reconhecimento internacional em importantes prêmios, como o Wine Challenge e o Decanter, levando três medalhas de prata e duas de bronze, disputada entre mais de 15 mil concorrentes.
Família de Minas Gerais investe na uva e produz vinho premiado
No Rio Grande do Sul, as amigas Andreia Gentilini Milan e Juciane Casagrande Doro se tornaram empreendedoras de sucesso também no ramo do vinho. Há cinco anos, elas resolveram criar um produto com a cara delas: um espumante.
“Elaboramos nessa safra um nature, com 1 mil garrafas. Se tudo der errado, 500 garrafas para cada um, chama os amigos e vamos ser feliz”, conta Andréia.
Mas o que começou com aquelas mil garrafas, vai chegar a meio milhão. Agora já são 23 tipos de vinhos, 9 espumantes e um deles ficou entre os melhores da revista especializada “Decanter”, uma das mais respeitadas do mundo.
Neste ano, mais uma medalha dourada para um vinho branco. “Coloca o produto em outro patamar”, conta Andréia.
Mães e empreendedoras: amigas brasileiras produzem vinhos premiados internacionalmente
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Edição de 27/10/2023
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