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Levantamento mostrou que o rendimento médio por hora também é menor para os motoristas de apps. Dados foram coletados no 4º trimestre de 2022. Motoboys por aplicativo têm rendimento médio menor do que os demais trabalhadores da categoria
Rowan Freeman/Unsplash
Os motoboys que atuam por meio de aplicativos trabalham aproximadamente 5 horas por semana a mais que os demais trabalhadores desta categoria.
Apesar disso, o salário não acompanha a jornada mais extensa e esses entregadores de apps ganham, em média, R$ 426 a menos por mês do que os que não dependem de plataformas digitais para trabalhar.
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Os dados são de um levantamento inédito do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado na quarta-feira (25). As informações foram coletadas no 4º trimestre de 2022 (veja mais detalhes abaixo).
Motoboys por aplicativo ganham menos que os demais trabalhadores da categoria, aponta pesquisa
Kayan Albertin/g1
O rendimento habitual médio dos motoboys que fazem entregas por apps (R$ 1.784) representa apenas 80,7% daquele recebido pelos que não trabalham por meio de aplicativos (R$ 2.210).

E como eles têm jornadas semanais de trabalho mais extensas, o rendimento médio por hora é ainda menor: R$ 8,70 contra R$ 11,90.
Entenda como ganham os motoboys
Motoristas de app
A pesquisa também apontou que os motoboys ganham menos que motoristas de automóveis que trabalham com transporte de passageiros.

No caso deles, o salário no fim do mês é ligeiramente maior do que o dos motoristas profissionais que não utilizam aplicativos.

Mas, como eles trabalham 7 horas a mais por semana, ao comparar o rendimento médio desses profissionais por hora de serviço (R$ 11,80), o valor também é menor do que o dos demais profissionais da categoria (R$ 13,60).
Pesquisa aponta o rendimento médio dos motoristas que trabalham com transporte de passageiros no Brasil
Kayan Albertin/g1
Os motoboys (entregadores) e motoristas que trabalham com transporte de passageiros compõem a maior parte da população “plataformizada” no Brasil, ou seja, que trabalha por meio de plataformas digitais de serviços.
🏍️ Em todo o país, 338 mil motociclistas têm como trabalho principal atividades de malote e entrega. Desses, 50,8% (171 mil) realizam esses serviços por meio de aplicativos.

🚗 Já em relação aos motoristas profissionais em atividade de transporte de passageiros, o grupo soma 1,2 milhão. E 60,5% (721 mil) trabalham por meio de plataformas digitais.
📱 Panorama dos trabalhadores de app no Brasil
Veja qual o perfil de trabalhadores por aplicativo no Brasil
No 4° trimestre de 2022, quando foram coletados os dados da pesquisa do IBGE, o Brasil tinha 1,5 milhão de trabalhadores por meio de aplicativo de serviço, o que representa 1,7% da população ocupada no setor privado.
Além de entregadores e motoristas, o levantamento inclui outros profissionais que utilizam apps para prestar seus serviços, tanto gerais (eletricistas e faxineiros, por exemplo) como funções mais específicas (serviços de TI, tradução, design, etc).
A pesquisa mostrou que a maioria dos trabalhadores por app são homens, com idade média entre 25 e 39 anos e níveis intermediários de escolaridade.
O perfil dos trabalhadores de plataforma no Brasil
Kayan Albertin/g1
No geral, os chamados trabalhadores “plataformizados” têm um rendimento mensal maior, de R$ 2.645, quando comparado à média salarial das pessoas que trabalham sem utilizar plataformas, de R$ 2.510 (veja o gráfico abaixo).
Apesar disso, os trabalhadores dessa categoria têm jornadas semanais mais extensas: uma média de 46 horas. Os demais profissionais brasileiros costumam trabalhar 39,5 horas por semana.
Assim, mesmo com um rendimento maior ao final do mês, o levantamento constatou que os trabalhadores de aplicativos ganham menos por hora de serviço.
Quanto ganham os trabalhadores de plataforma no Brasil
Kayan Albertin/g1
📊 Como foi feito o levantamento
O levantamento do IBGE analisou informações por meio de Acordo de Cooperação Técnica com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Ministério Público do Trabalho (MPT), com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
Foram coletados dados do 4º trimestre de 2022, envolvendo a população ocupada de 14 anos ou mais de idade, e foram desconsiderados os empregados no setor público e militares.
A pesquisa levou em consideração o trabalho único ou principal que a pessoa tinha na semana de referência, além de informações como faixa etária, gênero, região e escolaridade.
O objetivo foi compreender melhor o papel das plataformas em relação aos aspectos relevantes do trabalho, investigando a dependência dos trabalhadores quanto ao valor recebido pelo trabalho, além da influência das plataformas na determinação da jornada de trabalho.
O estudo é experimental e anual, ou seja, está em fase de teste e sob avaliação porque ainda não atingiu um grau completo em termos de cobertura ou metodologia.
Além disso, segundo o IBGE, há pontos de sobreposição nos dados, como envolvendo as categorias ocupadas pelos profissionais, já que eles podem usar mais de um tipo de aplicativo.
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