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A moeda norte-americana avançou 0,22%, cotada a R$ 4,9716. Já o principal índice de ações da bolsa de valores brasileira recuou 0,79%, aos 127.018 pontos. Cédulas de dólar
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O dólar fechou em alta nesta Quarta-feira de Cinzas (14), em um dia de volume de negócios reduzidos e sem dados econômicos repercutindo no Brasil, por conta da volta do Carnaval. Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou a sessão em queda.
O que pesou sobre os mercados foi um dado de inflação divulgado ontem nos Estados Unidos. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,3% em janeiro, contra expectativa de alta de 0,2%.
Com esse resultado, os mercados globais tiveram um desempenho negativo no último pregão, pela expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve demorar mais para iniciar o processo de corte em suas taxas de juros.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Ao final da sessão, o dólar subiu 0,22%, cotado a R$ 4,9716. Veja mais cotações.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,22% na semana;
ganho de 0,69% no mês;
avanço de 2,45% no ano.
Na última sexta-feira (9), a moeda norte-americana caiu 0,68%, cotada a R$ 4,9608.

Ibovespa
Já o Ibovespa fechou em queda de 0,79%, aos 127.018 pontos.
Com o resultado, acumulou quedas de:
0,79% na semana;
0,57% no mês;
5,34% no ano.
Na sexta, o índice encerrou com uma queda de 0,15%, aos 128.026 pontos.

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O que está mexendo com os mercados?
Em um dia de agenda fraca no Brasil e sem notícias relevantes na volta do Carnaval, foram os juros norte-americanos que continuaram no radar dos investidores.
Ontem, a divulgação dos números de inflação assustou os mercados globai, sobretudo na variação anual dos preços, com alta de 3,1%, contra estimativa de 2,9%. A inflação subjacente, que descarta os preços mais voláteis dos alimentos e da energia e é um dado fundamental para os mercados, se manteve em 3,9% em 12 meses.
Setores como moradia, cuidados pessoais e alimentação aumentaram de preço na medição mensal, enquanto o custo com energia diminuiu. Os dados decepcionaram o mercado, que esperava uma inflação acumulada em 12 meses abaixo de 3% pela primeira vez desde março de 2021, quando a economia começava a sair da crise causada pela Covid-19.
“O indicador de inflação ao consumidor americano veio acima do esperado tanto no índice cheio quanto no seu núcleo, no maior dado registrado desde setembro de 2023, e, com isso, vimos esfriar as apostas de cortes nos juros no curto prazo”, comenta William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue.
Antes desses números, as expectativas de início de corte de juros pelo Fed ainda se dividiam entre março e maio deste ano, apesar de a instituição já ter dito que um corte em março é pouco provável.
Agora, a ferramenta FedWatch do CME, que mede as projeções do mercado, aponta para um novo cenário: apesar de alguns investidores ainda esperarem que a primeira queda nos juros seja em maio, outra parte do mercado já acredita que os cortes só devem começar em junho.
Atualmente, as taxas de juros americanas estão entre 5,25% e 5,50% ao ano e há muita expectativa pelo início das quedas. Juros mais baixos nos Estados Unidos favorecem outros ativos, como o mercado de ações e moedas de países emergentes (como o real), além de beneficiarem o consumo e o crescimento da maior economia do mundo.
Ainda nos Estados Unidos, investidores também ficaram de olho nas ações da Lyft, rival do Uber no país. Isso porque um erro de digitação nas projeções da companhia na divulgação de resultados fez com que os papéis da empresa saltassem mais de 30% na sessão.
Ainda no exterior, a inflação britânica de janeiro foi divulgada nesta quarta-feira e permaneceu em 4% na base anual. O número veio abaixo do esperado, oferecendo alívio para o Banco da Inglaterra (BoE) que mantém os juros na máxima em 16 anos. Economistas consultados pela Reuters previam um aumento na taxa anual para 4,2%.
O núcleo da inflação no Reino Unido, que exclui os preços voláteis de alimentos, energia, álcool e tabaco, também ficou inalterado em 5,1%, informou o Escritório de Estatísticas Nacionais. A inflação de serviços subiu de 6,4% em dezembro para 6,5%, mas não foi tão forte quanto o esperado.
“De modo geral, os dados mais recentes sobre a inflação devem reassegurar ao Comitê de Política Monetária de que o momento de começar a cortar as taxas de juros está se aproximando”, disse Martin Beck, consultor econômico chefe do EY ITEM Club, à agência Reuters.
Investidores aumentaram suas apostas em corte dos juros pelo Banco da Inglaterra este ano, colocando cerca de 72% de chance de uma primeira redução em junho em comparação com apenas 40% na terça-feira, após um salto na inflação dos Estados Unidos.
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