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Ao longo do dia, a bolsa também chegou a tocar os 137 mil pontos pela primeira vez. O dólar fechou em queda de 0,07%, cotado a R$ 5,4810. Vista do prédio da B3, Bolsa de valores de São Paulo, localizada na região central da capital paulista, nesta sexta-feira (12). O Ibovespa flertou com os 129 mil pontos na máxima do dia, encerrando aos 128.896,98 pontos, em alta de 0,47% na sessão. Foi o quarto avanço semanal consecutivo para o índice da B3, que sobe agora 4,03% no mês, cedendo ainda 3,94% no ano.
GABRIEL SILVA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em alta nesta quarta-feira (21) e renovou seu recorde histórico: 136.464 pontos.
Ao longo do dia, a bolsa também chegou a tocar os 137 mil pontos pela primeira vez, com máxima de 137.040 pontos e novo recorde histórico durante o pregão. O dólar fechou em queda.
O mercado financeiro segue aproveitando a onda de otimismo após a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) mostrar que as autoridades estão bastante inclinadas a iniciar o ciclo de cortes na taxa de juros americanas em setembro.
No fim de julho, o Fed decidiu manter as taxas entre 5,25% e 5,50% ao ano. Mas a ata mostra que “a grande maioria” dos agentes “destacou que, se os dados continuassem a vir de acordo com o esperado, provavelmente seria apropriado flexibilizar a política monetária na próxima reunião”. (saiba mais abaixo)
Agora, o mercado se divide sobre qual será a magnitude dessa queda em setembro. A expectativa dos analistas é de aconteça uma redução de até 1 ponto percentual até o final deste ano.
No Brasil, o cenário de juros também está no radar, com dúvidas sobre qual será a atuação do Banco Central (BC) nos próximos meses. Parte dos investidores espera manutenção da taxa Selic em 10,50% ao ano por mais tempo, enquanto outra parte acredita numa nova alta dos juros.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
O dólar fechou em queda de 0,07%, cotado a R$ 5,4810. Veja mais cotações.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,24% na semana;
recuo de 3,06% no mês;
alta de 12,95% no ano.
No dia anterior, a moeda americana teve alta de 1,35%, cotada em R$ 5,4846.

Ibovespa
O Ibovespa fechou em alta de 0,28% aos 136.464 pontos. Na máxima do dia, chegou a 137.040 pontos. Ambos são recordes, para fechamento ou em meio de pregão.
Com o resultado, o índice acumulou:
alta de 1,87% na semana;
avanço de 6,90% no mês;
perdas de 1,70% no ano.
Na véspera, o índice fechou em alta de 0,23%, aos 136.087 pontos.

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O que está mexendo com os mercados?
Especialistas classificam os juros como o grande tema para os investidores no Brasil e no mundo nos próximos meses até o fim de 2024. No cenário internacional, o foco desta semana está com os juros dos Estados Unidos, com a expectativa de que o Fed corte das taxas de juros em setembro.
O analista de investimentos Vitor Miziara explica que os investidores estavam atentos, principalmente, se o Fed já havia cogitado um corte nos juros na reunião de julho, apesar da decisão final ter sido pela manutenção das taxas no intervalo de 5,25% a 5,50% ao ano.
E a resposta é sim. De acordo com a ata do Fed, as autoridades estavam bastante inclinadas a um corte na taxa de juros em setembro, mas “várias delas” estariam até mesmo dispostas a reduzir os custos de empréstimos imediatamente, em julho.
Essa é a linguagem das atas do Fed, em que o grupo de tomadores de decisão são descritos entre “todos”, “a grande maioria”, “vários” etc. Veja abaixo alguns destaques da ata da reunião do Fed de julho:
“a grande maioria” dos agentes “destacou que, se os dados continuassem a vir de acordo com o esperado, provavelmente seria apropriado flexibilizar a política monetária na próxima reunião”;
“muitas” das autoridades consideram a postura dos juros restritiva e “alguns participantes” argumentaram que, em meio a um arrefecimento das pressões inflacionárias, não mudar a taxa básica poderia pesar sobre a atividade econômica;
embora todas as autoridades estivessem de acordo com a manutenção dos juros, “vários” disseram que a redução da inflação em meio a um aumento no desemprego “forneceu um argumento plausível para a redução da meta de 25 pontos-base nesta reunião”;
as autoridades veem o mercado de trabalho como tendo retornado (em grande parte) ao ponto em que estava antes do início da pandemia de Covid-19: “forte, mas não superaquecido”;
um grupo cada vez menor de agentes teme que um afrouxamento prematuro da política monetária possa provocar a retomada da inflação.
Uma queda nos juros dos EUA reduz os rendimentos dos títulos do Tesouro americano (as Treasuries) e força os investidores a tomarem mais risco para terem rentabilidades melhores. Isso beneficia o mercado de ações como um todo e pode desvalorizar o dólar perante outras moedas, já que, neste movimento, dinheiro é retirado do mercado de títulos públicos americano e pode migrar para outros países.
O Fed se esforça para manter a inflação comportada (até julho, a inflação acumulou alta de 3,2%, e a meta do Fed é de 2%), mas também quer evitar que a economia sofra uma paralisação brusca, principalmente depois de dados do mercado de trabalho do país terem vindo mais fracos que o esperado no último mês.
Além da ata de hoje, um relatório do Departamento do Trabalho mostrou que uma estimativa para o total de empregos criados entre abril de 2023 e março de 2024 foi reduzida em 818 mil, uma queda de 0,5% em relação ao originalmente relatado para o período.
O mercado também espera pelo discurso do presidente do Fed, Jerome Powell , na sexta-feira, durante o Simpósio de Jackson Hole, uma convenção que reúne autoridades políticas e econômicas do mundo todo.
Os juros no Brasil também ficam no radar dos investidores, em meio às dúvidas sobre a possibilidade de novos aumentos da taxa Selic pelo BC para controlar a inflação que voltou a acelerar.
“Boa parte do mercado já está acreditando em uma alta da Selic nos próximos meses. Então pode ser que a gente tenha uma taxa mais alta aqui, enquanto nos Estados Unidos a gente vai ter uma taxa mais baixa. Esse diferencial de juros deixa nosso câmbio atraente”, explica Luan Aral, explica Luan Aral, especialista em câmbio da Genial Investimentos.
Investidores atentos à inflação e contas públicas
No Brasil, a questão fiscal também segue no centro das atenções, enquanto o mercado tem dúvidas sobre a capacidade do governo arcar com suas contas em 2024.
Ontem, o Senado aprovou a proposta que mantém a desoneração da folha de pagamento de empresas e municípios em 2024. O projeto também prevê uma reoneração gradual da folha dos setores e das prefeituras a partir de 2025.
O projeto cria um regime de transição para dar fim, em 2028, à desoneração de 17 setores da economia intensivos em mão de obra e de municípios com até 156 mil habitantes. Esses são os segmentos que mais empregam na economia.
Em um evento realizado pelo BTG Pactual na terça, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que a aprovação da desoneração trará R$ 26 bilhões para o governo. Haddad também mencionou que apresentou ao governo os cenários para a segunda etapa da reforma tributária, que trata sobre o imposto sobre a renda.
O ministro explicou que sua equipe estudou diferentes cenários e levou ao presidente Lula aqueles que considerou mais consistentes e que podem fazer mais sentido para a realidade brasileira.
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