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A moeda norte-americana avançou 1%, cotada em R$ 5,4833. Já o principal índice de ações da bolsa opera em alta. Cédulas de dólar
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O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (17), com a reação dos investidores às novas falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o quadro fiscal do país.
Além disso, o mercado continuou a avaliar a participação do diretor de política monetária do Banco Central do Brasil (BC), Gabriel Galípolo, em um evento, ontem. Novos balanços corporativos do dia também ficaram no radar.
No exterior, atenção aos dados econômicos norte-americanos, à medida que o mercado segue atento a eventuais sinais sobre o futuro dos juros nos Estados Unidos. Com isso, também há expectativa pela divulgação do Livro Bege pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
O documento é um relatório desenvolvido em conjunto pelas 12 filiais regionais da instituição e serve como um termômetro da economia dos EUA.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, também opera em alta.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
ENTENDA: A cronologia da disparada do dólar motivada pelos juros nos EUA, o cenário fiscal brasileiro e as declarações de Lula
CONSEQUÊNCIAS: Alta do dólar deve pressionar inflação e impactar consumo das famílias no 2º semestre, dizem especialistas
Dólar
O dólar subiu 1%, cotado em R$ 5,4833. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,4879. Veja mais cotações.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,96% na semana;
recuo de 1,88% no mês;
avanço de 13% no ano.
Na véspera, a moeda fechou em queda de 0,30%, cotada em R$ 5,4288.

Ibovespa
O Ibovespa avançou 0,26%, aos 129.450 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,43% na semana;
ganhos de 4,47% no mês;
perdas de 3,53% no ano.
Na véspera, o índice teve queda de 0,16%, aos 129.110 pontos.

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O que está mexendo com os mercados?
O principal destaque desta quarta-feira no ambiente doméstico continuou sendo o quadro fiscal brasileiro.
Após declarações de Galípolo na véspera, que reafirmaram que as expectativas de inflação passam por uma revisão e que o cenário de juros mais altos por mais tempo nos EUA fortalece o dólar, o presidente Lula voltou a ficar sob os holofotes.
Em entrevista feita para a “TV Record”, o presidente afirmou que não é obrigado a cumprir a meta fiscal e que ainda precisa ser convencido sobre um eventual corte de gastos em 2024. Lula, por outro lado, disse que a meta de déficit zero (com despesas e receitas equivalentes) não está descartada e se comprometeu a cumprir o arcabouço fiscal.
“As falas do presidente acabaram reacendendo preocupações sobre o compromisso do governo sobre a gestão fiscal e a manutenção das regras fiscais vigentes”, afirmou a estrategista de investimentos da XP, Rachel de Sá, durante morning call da companhia.
Após a entrevista de Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, veio a público para reiterar o compromisso do governo com o cenário fiscal.
A jornalistas, o ministro afirmou que a equipe econômica avalia quanto bloqueio e contingenciamento terá que fazer em 2024 no Orçamento para cumprir as regras do arcabouço, destacando que og voerno ainda pode revisar para cima a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para este ano. A estimativa atual é de 2,5%.
Além disso, investidores ainda aguardam novos desdobramentos sobre a votação da reforma tributária no Senado e sobre a proposta de aumentar a alíquota da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) para compensar a desoneração da folha. Na véspera, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou até 11 de setembro o prazo para que o Congresso analise medidas voltadas para este último tema.
Já no exterior, o foco do mercado fica com a divulgação do Livro Bege do Fed, uma espécie de relatório feito de forma conjunta pelas 12 filiais da instituição e que serve como um termômetro da economia norte-americana.
Nesta quarta-feira, dirigentes da instituição voltaram a fazer comentários sobre a possibilidade de cortes de juros em breve. O diretor do Fed Christopher Waller disse, por exemplo, que o país está “se aproximando” do momento de redução das taxas.
“Acredito que os dados atuais sejam consistentes com a realização de um ‘pouso suave’, e procurarei dados nos próximos meses que reforcem essa visão”, afirmou.
Na agenda, novos dados econômicos dos Estados Unidos e balanços corporativos também ficam sob os holofotes.
Segundo o Departamento do Comércio norte-americano, a construção de residências unifamiliares nos EUA caiu 2,2% em junho, para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 980 mil unidades. Ainda assim, a leitura é que os dados podem melhorar à frente, em meio ao otimismo sobre o início do corte de juros pelo Fed em setembro.
Já a produção nas fábricas dos EUA aumentaram 0,4% em junho, acima do esperado e contribuindo para consolidar uma forte recuperação no segundo trimestre. Os dados são do Fed.
Por fim, os sinais de favoritismo do ex-presidente Donald Trump na corrida eleitoral norte-americana também continuam a fazer preço nos mercados.
No último sábado, o ex-presidente Donald Trump sofreu um atentado a tiros enquanto discursava em um comício em Butler, no estado da Pensilvânia. Ele foi atingido na orelha direita enquanto falava e o evento foi interrompido.
O ocorrido aumentou o nível de incertezas em torno da corrida eleitoral norte-americana, uma semana após o outro candidato à presidência dos EUA, o democrata Joe Biden, ter sofrido pressões para desistir de sua candidatura.
Após o ataque, o bitcoin disparou e voltou a ficar acima dos US$ 62 mil (aproximadamente R$ 338 mil).
Nesta quarta-feira (17), os antigos rivais de Trump para a indicação presidencial republicana, Nikki Haley e Ron DeSantis manifestaram total apoio à sua candidatura na convenção do partido.
*Com informações da agência de notícias Reuters.
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