Em busca do Sucesso

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A moeda norte-americana caiu 0,33%, cotada a R$ 5,4555. Já o principal índice de ações da bolsa encerrou em alta de 0,09%, aos 131.792 pontos.
Karolina Grabowska/Pexels
O dólar fechou a sessão desta sexta-feira (4) em queda, à medida que investidores repercutiam os novos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos, que vieram bem melhores que as projeções.
Os números fortes indicam que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pode reduzir o ritmo ou a magnitude do seu ciclo de cortes das taxas de juros básicas dos EUA, atualmente no patamar entre 4,75% e 5% ao ano. Entenda mais abaixo.
Além disso, o sentimento de aversão a risco com a guerra no Oriente Médio também continuaram a pesar nos mercados, com Israel ainda atacando o Líbano, enquanto discute, com os Estados Unidos, uma resposta aos ataques desta semana do Irã.
Guerra no Oriente Médio: entenda o papel e o tamanho do Irã na produção de petróleo no mundo
As tensões por lá fizeram o petróleo disparar mais de 5% na última quinta-feira (3), por conta da importância que o Irã tem na produção e exportação de petróleo no mundo todo. Em meio a esse cenário, hoje a commodity emplacou o 4º dia seguido de alta.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou em alta.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo
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Dólar
Ao final da sessão, o dólar recuou 0,33%, cotado a R$ 5,4555. Veja mais cotações.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,35% na semana;
avanço de 0,16% no mês;
ganho de 12,43% no ano.
No dia anterior, a moeda subiu 0,54%, cotada a R$ 5,4734. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,5107.

O
Ibovespa
Já o Ibovespa encerrou em alta de 0,09%, aos 131.792 pontos.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,71% na semana;
perdas de 0,02% no mês; e
recuo de 1,78% no ano.
Na véspera, o índice caiu 1,38%, aos 131.672 pontos.

O que está mexendo com os mercados
Em uma semana que foi marcada pela divulgação de vários dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos, o principal deles veio apenas nesta sexta.
O payroll, que reúne diversos dados de emprego do país, mostrou uma taxa de desemprego de 4,1% em setembro. Esse número representa uma leve melhora em relação ao mês anterior, quando a taxa ficou em 4,2%. O mercado esperava que a taxa se mantivesse nesse patamar.
Já o número de criação de vagas não-agrícolas ficou em 254 mil, muita acima dos 147 mil esperados e dos 159 mil registrados no mês anterior.
O ganho médio por hora trabalhada subiu 0,4% em setembro, contra alta esperada de 0,3%. No entanto, apresenta uma desaceleração em relação ao avanço de 0,5% do mês anterior.
Esses dados são importantes porque uma geração forte de empregos pode continuar pressionando a inflação no país, já que coloca mais dinheiro na mão da população, e levar o Fed a reduzir o ritmo ou a magnitude do seu ciclo de corte nas taxas de juros americanas.
“Isso diminui a chance de um corte de 0,5% na taxa de juros pelo Fed em novembro, indicando uma provável desaceleração para 0,25% tanto em novembro quanto em dezembro”, explica Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos.
Em sua última reunião, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) já havia diminuído a taxa básica norte-americana em 0,50 ponto percentual. Agora, o mercado acredita que os próximos cortes sejam menores, de 0,25, principalmente se o mercado de trabalho continuar se mostrando muito resiliente.
“No geral, o payroll não sinaliza um enfraquecimento significativo da economia americana, o que pode levar muitos analistas a reverem suas previsões negativas sobre o país”, pontua Cruz.
Já no Brasil, o destaque ficou com a balança comercial de setembro, que fechou com um superávit de US$ 5,363 bilhões, segundo informado pelo Ministério do desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
A pasta também reduziu sua projeção para o saldo total no fechamento deste ano, para um superávit de US$ 70,4 bilhões. A previsão anterior era de US$ 79,2 bilhões.
Além disso, o quadro fiscal também continuou no radar. Nesta sexta-feira, em entrevista à agência de notícias Reuters, Todd Martinez, codiretor de riscos soberanos das Américas da Fitch, disse que a agência de classificação de riscos não deve elevar a nota de crédito do Brasil no curto prazo, por conta dos riscos fiscais.
A agência atualmente classifica o crédito do Brasil como BB, com perspectiva estável, dois níveis abaixo do chamado grau de investimento.
“Para elevar a classificação de crédito do Brasil, precisaríamos ter mais confiança na capacidade do governo de gerar superávits primários”, disse Martinez em entrevista na quinta-feira.
Martinez reconheceu que o país tem crescido acima do esperado, com o crescimento do PIB projetado em 3,0% em 2024, mas destacou que “as contas públicas continuam sendo um ponto fraco.”
A declaração veio apenas alguns dias depois da agência Moody’s elevar a nota de crédito do Brasil de de Ba2 para Ba1, com perspectiva positiva, deixando o país está a um passo do grau de investimento.
Mesmo com a elevação, a Moody’s também citou o cenário fiscal brasileiro como um ponto de risco.
Os últimos números fiscais do Brasil foram divulgados na quinta pelo Tesouro Nacional, que mostrou que o governo teve um déficit de R$ 100 bilhões de janeiro a agosto deste ano, o quinto pior resultado para esse período desde o início da divulgação dos dados, em 1997.
O resultado representa uma melhora em relação ao déficit de R$ 105,88 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. Porém, está muito acima das previsões do governo para o fim do ano, de um rombo de R$ 68,83 bilhões.
Guerra no Oriente Médio
Outro fator que continuou a pesar nos mercados globais foi a escalada dos conflitos no Oriente Médio. Veja, abaixo, um resumo do que está acontecendo na região:
Depois de quase um ano dos ataques do grupo terrorista Hamas aos israelenses, e de uma guerra que devastou a Palestina, o enfrentamento vinha escalando com a entrada do grupo extremista Hezbollah — que nasceu no Líbano, é financiado pelo Irã e aliado do Hamas.
O avanço nas tensões na região começou há duas semanas, quando pagers e walkie talkies de integrantes do grupo extremista Hezbollah explodiram em série, o que o grupo atribui a Israel.
Nos dias seguintes, Israel passou a atacar regiões do Líbano mirando alvos do Hezbollah e, na última sexta-feira (27), matou o chefe do grupo, Sayyed Hassan Nasrallah e outros líderes.
Israel, na segunda-feira (30), iniciou uma incursão por terra no Líbano, no que classificaram como uma operação limitada contra alvos do Hezbollah.
No sábado (28), o líder supremo do Irã, que apoia e financia o Hezbollah, disse que a morte de Nasrallah não ficaria “sem vingança”. Depois disso, na terça-feira (1), o Irã disparou centenas de mísseis contra Israel, que prometeu retaliação.
Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, também disse que vai retaliar o Irã pelo ataque promovido contra o país.
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E na iminência de contra-atacar o Irã, Israel continua bombardeando o Líbano, ainda sob a alegação de desmantelar o Hezbollah. O país lançou nesta quinta-feira (3) novos bombardeios no centro de Beirute, no Líbano, segundo testemunhas ouvidas pela agência de notícias Reuters. Explosões também aconteceram nos subúrbios da capital libanesa.
Os ataques deixaram nove pessoas mortas e outras 14 feridas, segundo o governo local — no total, mais de 1.000 pessoas morreram no Líbano em quase duas semanas de bombardeios de Israel.
Essas tensões, que geram preocupação com a escalada do conflito para uma guerra total no Oriente Médio, já fizeram o preço do petróleo disparar.
A região é a mais importante do mundo na exportação da commodity e qualquer conflito lá pode gerar problemas de oferta e desabastecimento para o mundo todo, que tem o petróleo como principal fonte de combustível e energia.
Além disso, os temores também direcionam os investidores para o dólar, considerada a moeda mais segura do mundo, em busca de proteção contra os ativos de risco — como mercado de ações e moedas de países emergentes, como o Brasil —, que tendem a apresentar mais volatilidade, principalmente em momentos de incertezas política e econômica.
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